sexta-feira, 19 de março de 2010

A ponte

Há uma ponte entre o conhecer e o conhecido
Conhecer o ser do desconhecido
é mergullhar na profunda lucidez da loucura.
A brandura do desconhecer prazeroso
escaldo em sussurros de travessias sem nome.

Agonias, solidões, dores e opiniões
semeam ao conhecimento um ser
sem querer sofrer cisões
Entre o falso e hipotético arquétipo
do semblante iluminado: puro devaneio!

Anseio o desconhecer sem merecer
ser conhecido e crido
Sem pontes de Eros ou de ódio
Alumiadas por faróis imaginários
Descrentes na crença do saber.

Pobre ser, ah! Solidez da vez
peneirada no ar da arrogância
sem distância do medo, mente
aliviado no cemitério dos sonhos.
Condena-se, atravessa a pontapés.

Silêncio no murmúrio da alma
Pernadas ligeiras sem rumo
ditam a existência de ser
pontes de veias e rios
que correm, encontram, entopem, se unem e tornam-se
NOVA mente simples pontes!

Cajofer san

quinta-feira, 18 de março de 2010


Como encontrar um amigo?



Perdi um amigo, imaginei, no sexto dia!
Não, apenas uma despedida de um encontro
ao partir entre abraços e saudades adiantadas
Pedindo que o tempo não apague o reencontro.

Como surge uma amizade? Não sei responder.
Ao acaso, dizem alguns; destino, dizem outros.
Desconheço a resposta apesar da semelhança
Mas amizade é uma criança que se diverte e ri

O amigo partiu, mas a amizade como surgiu?
Era primeiro dia, já findando o ano,
trabalhando, amigo ganho para o País ajudar.
Falei, interrogou, respondi, continuou.
O presidente foi eleito, o governador também.
Não era alto como uma Serra, mas no mar Lula
teríamos. É a vida , liguei, precisei, ajudou.
Distância alargou e a saudade aumentou


Um dia, o retorno e a saudade dissipada e
li que o tempo coloca sua mão e transforma
a vida do amigo, e meu próprio eu e ego.
A amizade petrus venceu as translações.
Maravilha! Encontrei um grande amigo.
Cacio José

A vida é simples demais para tudo!

É lenta para nada

Oculta com o desespero.

Passageira e ligeira com tempo!

Não há tempo se és banal,


Desintegra o maior sentimento

Trespaça à alma do cotidiano

O lamento do tormento

permanece, mas com fim planejado!


Ora, ora vida, adivinha?

Se caminho na estrada de capim

O picadeiro terá fim!

É assim? Na masmorra interior

sem luz, sem nada, sem vida

na vida

Desintegra regra!


Cacio José