sexta-feira, 19 de março de 2010

A ponte

Há uma ponte entre o conhecer e o conhecido
Conhecer o ser do desconhecido
é mergullhar na profunda lucidez da loucura.
A brandura do desconhecer prazeroso
escaldo em sussurros de travessias sem nome.

Agonias, solidões, dores e opiniões
semeam ao conhecimento um ser
sem querer sofrer cisões
Entre o falso e hipotético arquétipo
do semblante iluminado: puro devaneio!

Anseio o desconhecer sem merecer
ser conhecido e crido
Sem pontes de Eros ou de ódio
Alumiadas por faróis imaginários
Descrentes na crença do saber.

Pobre ser, ah! Solidez da vez
peneirada no ar da arrogância
sem distância do medo, mente
aliviado no cemitério dos sonhos.
Condena-se, atravessa a pontapés.

Silêncio no murmúrio da alma
Pernadas ligeiras sem rumo
ditam a existência de ser
pontes de veias e rios
que correm, encontram, entopem, se unem e tornam-se
NOVA mente simples pontes!

Cajofer san

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